The Last of Us (2024 – presente): Quando os Humanos São o Verdadeiro Vírus


Baseada no aclamado jogo da Naughty Dog (2013), The Last of Us chegou à HBO como uma das adaptações mais fiéis e emocionantes da história dos videogames. A série, estrelada por Pedro Pascal e Bella Ramsey, expande o universo sombrio do jogo enquanto mantém sua essência: uma narrativa crua sobre sobrevivência, amor e perda em um mundo devastado pelo fungo Cordyceps. Com direção de Craig Mazin (Chernobyl) e Neil Druckmann (criador do jogo), a produção equilibra ação visceral com drama humano, conquistando tanto os fãs quanto espectadores novos.


Histórico do Jogo e Adaptação

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The Last of Us surgiu em 2013 como um marco narrativo dos games, sendo elogiado por sua história madura, personagens complexos e atmosfera opressiva. A HBO não apenas recria cenas icônicas (como o prólogo emocional com Sarah), mas também explora tramas secundárias que no jogo eram apenas sugeridas – como o episódio dedicado a Bill e Frank, uma das melhores horas da televisão em 2024. A fidelidade à fonte é evidente, mas a série não tem medo de inovar, aprofundando temas como culpa e redenção.


O Que Funciona (e o Que Não)

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Narrativa:

A primeira temporada mantém a estrutura do jogo, acompanhando Joel (Pedro Pascal), um contrabandista cínico, e Ellie (Bella Ramsey), uma adolescente imune ao vírus, em sua jornada pelos EUA pós-apocalíptico. A virtude está no ritmo: episódios como “Long, Long Time” (Ep. 3) desaceleram a ação para focar em relações humanas, enquanto “Kin” (Ep. 6) retoma a tensão com cenas de violência chocante.

Porém, alguns fãs criticaram a ausência de clickers (zumbis infectados) em certos episódios, já que a série privilegia conflitos entre facções humanas. Além disso, o final – fiel ao jogo – pode dividir plateias pelo seu tom moralmente ambíguo.

Atuações:

Pedro Pascal como Joel: Pascal traz uma vulnerabilidade única ao personagem, distante do silêncio brutal do game. Sua cena de colapso emocional no hospital (Ep. 9) é de tirar o fôlego.

Bella Ramsey como Ellie: Ramsey captura a sagacidade e o trauma de Ellie, embora alguns momentos de raiva soem menos naturais que no jogo.

– Destaque: Nick Offerman como Bill rouba a cena no Ep. 3, com uma atuação delicada e poderosa.

Produção:

A direção de arte recria cenários destruídos com realismo, e a trilha sonora de Gustavo Santaolalla (o mesmo do jogo) amplia a melancolia. A CGI dos clickers é assustadoramente boa, mas algumas cenas noturnas são excessivamente escuras, dificultando a imersão.


Elenco e Personagens: Quem Brilha (e Quem Pecou)?

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Além de Pascal e Ramsey, o elenco secundário é impecável:

Anna Torv como Tess: Sua química com Joel e atitude pragmática são memoráveis.

Storm Reid como Riley: Sua participação no DLC Left Behind (adaptado no Ep. 7) é comovente.

Gabriel Luna como Tommy: Luna traz calor ao irmão de Joel, mas seu arco parece apressado no final.

A única falha fica com Merle Dandridge como Marlene – apesar de reprisar seu papel do jogo, sua versão live-action carece da gravidade necessária.


Sobrevivência a Qualquer Custo?

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A série questiona até onde vale ir para proteger quem amamos. Joel não é um herói: ele é um assassino que comete atos impensáveis por Ellie. A moralidade cinzenta permeia cada decisão, contrastando com a black-and-white morality de outras obras pós-apocalípticas. Outro tema forte é a solidão: desde Bill e Frank até Henry e Sam, todos os personagens carregam feridas de um mundo que já não existe.


O Que Esperar da Segunda Temporada?

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A segunda temporada adaptará The Last of Us Part II (2020), com estreia prevista para 13/04/2025 na HBO. O jogo é ainda mais sombrio, explorando vingança e consequências através de duas perspectivas: Ellie e Abby, uma soldada que desafia a noção de “vilão”. Espera-se:

– Mais ação brutal (a cena do clube de golfe será chocante).

Bella Ramsey e Kaitlyn Dever (como Abby) terão cenas fisicamente exigentes.

– Flashbacks expandirão a relação de Joel e Ellie pós-final da 1ª temporada.

The Last of Us é uma rara adaptação que honra sua fonte e a transcende. Embora alguns fãs do jogo estranhem a ausência de certas cenas, a série se destaca pela humanidade de seus personagens e pela coragem de não romantizar o apocalipse.

Nota IMDb: 9.2/10

E aí, o que achou do Review? Já assistiu The Last Of Us? Conta pra gente nos comentários!

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