Bruxas na Tela: 10 Séries que Transformam Magia em Arte e Poder


Em florestas ancestrais, salões acadêmicos sombrios ou escolas de magia repletas de segredos, as bruxas modernas da televisão desafiam estereótipos e encarnam lutas universais: poder feminino, aceitação da diferença e rebelião contra sistemas opressores. Longe das fogueiras da Inquisição, elas conquistaram o imaginário coletivo com narrativas que misturam folclore ancestral, crítica social e fantasia inovadora. Em um mundo onde o sobrenatural reflete nossos medos e desejos mais profundos, essas histórias não apenas entretêm — elas reescrevem mitos e nos convidam a questionar: quem tem o direito de controlar a magia?


1. A Descoberta das Bruxas (2018–2022)

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Diana Bishop, historiadora e bruxa que renega seus poderes, descobre um manuscrito místico em Oxford, desencadeando uma guerra secreta entre bruxas, vampiros e demônios. Ao unir-se ao vampiro Matthew Clairmont, ela desafia tabus ancestrais para proteger o conhecimento proibido.

Destaque: A cena em que a biblioteca Bodleian ganha vida com feitiços flutuantes — uma metáfora visual brilhante sobre o poder oculto dos livros.

Nota IMDb: 7.8/10


2. O Mundo Sombrio de Sabrina (2018–2020)

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Sabrina Spellman equilibra sua vida humana no ensino médio com o legado sombrio da Igreja da Noite. Em uma jornada repleta de pactos demoníacos e empoderamento, a série funde terror gótico com crítica ao patriarcado religioso.

Destaque: O episódio em que Sabrina lidera um sabbat subterrâneo ao som de “Straight to Hell” — coreografia que transforma ritual pagão em ato político.

Nota IMDb: 7.4/10


3. As Bruxas Mayfair (2023–presente)

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Rowan Fielding, neurocirurgiã que descobre ser herdeira de uma linhagem de bruxas poderosas, enfrenta entidades demoníacas e segredos familiares em Nova Orleans. A trama se conecta ao Immortal Universe de Anne Rice, mesclando drama geracional e horror sobrenatural.

Destaque: A cena em que Rowan controla neuralgias com a mente, fundindo medicina e magia. A 3ª temporada, ambientada em Salem, promete explorar traumas históricos.

Nota IMDb: 6.2/10


4. The Witcher (2019–presente)

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Geralt de Rívia, caçador de monstros em um mundo medieval, envolve-se com Yennefer de Vengerberg — uma feiticeira que transforma dor em poder — e Ciri, princesa com magia ancestral. A série reinventa o folclore eslavo através de mulheres que desafiam destinos predeterminados.

Destaque: O discurso de Yennefer em Aretuza sobre “escolher a beleza” para sobreviver — um manifesto sobre autonomia corporal.

Nota IMDb: 8.1/10


5. American Horror Story: Coven (2013–2014)

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Descendentes das bruxas de Salem lutam pelo título de “Suprema” em uma academia de Nova Orleans, enquanto enfrentam racismo, caçadores e rivais vodu. Alegoria afiada sobre opressão racial e sororidade tóxica.

Destaque: A batalha telepática entre Fiona e Marie Laveau em um cemitério — coreografada como um duelo de ópera barroca.

Nota IMDb: 8.0/10 (temporada específica)


6. Motherland: Fort Salem (2020–2022)

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Em uma América alternativa onde bruxas trocaram liberdade por serviço militar, três recrutas usam magia bélica enquanto questionam o sistema. A série subverte o militarismo e explora identidade queer e resistência.

Destaque: Cenas de combate aéreo com “cânticos de guerra” que distorcem a física — uma fusão de magia vocal e ação coreográfica.

Nota IMDb: 7.5/10


7. Charmed (1998–2006)

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As irmãs Halliwell descobrem ser as bruxas mais poderosas de sua era, usando magia para proteger São Francisco de demônios. Combina drama familiar e feminismo pré-#MeToo com mitologia inventiva.

Destaque: O “Livro das Sombras” — um artefato narrativo que interage com as personagens, antecipando livros encantados de séries atuais.

Nota IMDb: 7.1/10


8. Agatha: Desde Sempre (2024)

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Spin-off de WandaVision, acompanha Agatha Harkness, ex-vilã sem poderes, em uma jornada para recuperar sua magia através do “Caminho das Bruxas”. Mistura comédia e folclore da Marvel com referências a processos históricos de caça às bruxas.

Destaque: A sequência musical “Bruxas no Bairro” — sátira encantadora que transforma feitiços em pop kitsch.

Nota IMDb: 7.2/10


9. Buffy the Vampire Slayer (1997–2003)

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Buffy Summers, uma “caçadora” destinada a combater vampiros, alia-se a Willow Rosenberg — bruxa que evolui de nerd tímida para feiticeira poderosa. A série pioneira em empoderamento jovem usa magia como metáfora para puberdade e trauma.

Destaque: O episódio “Hush”, onde o silêncio torna a magia mais aterradora.

Nota IMDb: 8.3/10


10. A Ordem (2019–2020)

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Jack Morton infiltra-se em uma sociedade secreta universitária de bruxos para vingar sua mãe, mas descobre uma guerra contra lobisomens. Reviravoltas surpreendentes desconstroem noções de bem vs. mal.

Destaque: Rituais de magia que usam “tatuagens vivas” como canalizadores de poder — efeitos visuais inovadores.

Nota IMDb: 6.7/10


A Magia Como Espelho

As bruxas da televisão contemporânea ultrapassam a fantasia: elas são arquétipos de resistência. De Sabrina confrontando o patriarcado infernal às bruxas-soldado de Motherland, essas narrativas refletem lutas reais — por autonomia corporal, aceitação queer e reparação histórica. A fascinação por magia, afinal, sempre foi sobre “transformar a realidade”. E nessas 10 séries, o caldeirão ferve com perguntas incômodas: Quem tem direito ao poder? Como curar feridas coletivas? E se a verdadeira bruxaria for, simplesmente, a coragem de existir contra todas as normas?

Qual série revela, para você, o elo mais potente entre magia e transformação pessoal? Compartilhe sua escolha nos comentários!

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