O universo da música sempre foi um território fértil para narrativas que exploram paixão, conflito e redenção. Seja nos bastidores de um clube de jazz em Paris, nos acordes distorcidos de uma banda de punk dos anos 1970 ou nos corredores de um reality show que promete estrelato, as séries sobre música têm o poder de nos fazer vibrar, chorar e dançar — mesmo que apenas no sofá. Em 2025, a relação entre audiovisual e trilha sonora atingiu novos patamares, com produções que não apenas usam a música como pano de fundo, mas como protagonista. Prepare os fones de ouvido: esta lista é um playlist visual imperdível para quem acredita que a vida sem música seria um erro.
1. Daisy Jones & The Six (2023)

Baseada no best-seller de Taylor Jenkins Reid, a série acompanha a ascensão e queda de uma banda de rock nos anos 1970, capturando a química explosiva entre a vocalista Daisy Jones (Riley Keough) e o líder Billy Dunne (Sam Claflin). O formato de mockumentary dá veracidade aos conflitos entre egos, vícios e amores não correspondidos .
Destaque: A cena da gravação de “Aurora”, música icônica da série, onde a tensão sexual e criativa entre Daisy e Billy transcende o estúdio. A trilha sonora, composta por Blake Mills, é um personagem à parte.
Nota IMDb: 8.5/10
2. The Eddy (2020)

Dirigida por Damien Chazelle (La La Land), esta série mergulha no submundo do jazz parisiense através de Elliot Udo (André Holland), dono de um clube decadente que luta para salvar seu negócio enquanto enfrenta dívidas e segredos familiares .
Destaque: A sequência de abertura, um plano-sequência de 10 minutos que nos introduz ao caos rítmico do clube, com a câmera dançando entre os músicos como um instrumento adicional.
Nota IMDb: 8.1/10
3. Pistol (2022)

Minissérie biográfica sobre o guitarrista Steve Jones e a banda Sex Pistols, adaptada do livro Lonely Boy. A produção de Danny Boyle captura o caos anárquico do punk britânico dos anos 1970, desde os ensaios em porões até o escândalo da música “God Save the Queen”.
Destaque: A recriação do concerto no Rio de Janeiro, onde Sid Vicious (Louis Partridge) desaba no palco, simbolizando o colapso do movimento punk.
Nota IMDb: 7.9/10
4. Monarch (2023)

Drama familiar centrado nos Roman, uma dinastia do country que domina as paradas de sucesso. Quando escândalos ameaçam destruir seu legado, Nicolette Roman (Anna Friel) precisa escolher entre salvar a família ou sua própria carreira .
Destaque: A performance de Susan Sarandon como Dottie Roman, a matriarca que comanda o império com mão de ferro e voz de mel.
Nota IMDb: 7.7/10
5. Rap Sh!t (2022)

Criada por Issa Rae, a série segue Shawna e Mia, duas amigas de Miami que ressuscitam seu sonho de infância: formar um grupo de rap. Entre beats contagiantes e conflitos de classe, a série critica a indústria musical enquanto celebra a autenticidade das ruas .
Destaque: O clipe “Seduce and Scheme”, feito inteiramente no iPhone das personagens, uma metáfora brilhante sobre criatividade versus recursos limitados.
Nota IMDb: 7.8/10
6. Queens (2021)

Quarteto de rap feminino dos anos 1990, as Nasty Bitches, se reúne décadas depois para recuperar o trono. Entre sampleagens nostálgicas e rivalidades não resolvidas, a série explora o preço da fama e a força da amizade .
Destaque: O episódio “Reign Again”, onde as integrantes recriam seu primeiro show, desta vez com coreografias que respeitam suas articulações envelhecidas.
Nota IMDb: 7.6/10
7. Schmigadoon! (2021)

Comédia musical que parodia clássicos da Broadway, seguindo um casal (Cecily Strong e Keegan-Michael Key) que se perde em uma cidade onde todos se comunicam através de canções. A segunda temporada, Schmicago, homenageia os musicais sombrios dos anos 1970, como Chicago e Cabaret.
Destaque: O número “Tribulation”, uma sátira hilária a Les Misérables, com coros de habitantes usando chapéus de palha e expressões de desespero.
Nota IMDb: 8.0/10
8. The Idol (2023)

Polêmica série de Sam Levinson (Euphoria) sobre Jocelyn (Lily-Rose Depp), uma popstar em crise que se envolve com um guru de culto (The Weeknd). A produção enfrentou críticas por suas cenas explícitas, mas é um olhar cru sobre a indústria do entretenimento .
Destaque: A coreografia de “World Class Sinner”, coreografada por Megan Lawson, que mescla sensualidade e desconforto, refletindo a dualidade da personagem.
Nota IMDb: 6.5/10
9. Atlanta (2016–2022)

Criada por Donald Glover, a série acompanha Earn (Glover), um jovem desempregado que se torna empresário de seu primo Alfred “Paper Boi” (Brian Tyree Henry), um rapper em ascensão. Misturando humor ácido e surrealismo, a série explora a cena musical de Atlanta enquanto discute raça, classe e identidade .
Destaque: O episódio “Teddy Perkins”, uma obra-prima de horror psicológico, onde Glover interpreta um excêntrico milionário obcecado por perfeição artística.
Nota IMDb: 8.6/10
10. Empire (2015–2020)

Drama centrado na família Lyon, dona de um império da música hip-hop. Lucious Lyon (Terrence Howard), um astro envelhecido, precisa escolher um herdeiro para seu legado enquanto enfrenta a ex-mulher Cookie (Taraji P. Henson), determinada a reivindicar seu lugar no negócio .
Destaque: A cena em que Cookie confronta Lucious no palco durante um evento de gala, misturando música ao vivo e tensão familiar.
Nota IMDb: 7.3/10
Das ruas de Detroit aos palcos da Broadway, essas séries provam que a música não é apenas som — é narrativa, resistência e identidade. Elas nos lembram que cada acorde carrega uma história, e cada história pode ser a trilha sonora de uma vida. Em um mundo onde algoritmos ditam nossos gostos, produções como Atlanta e Empire resgatam a humanidade por trás das notas, mostrando que a música, no fim, é sobre conexão.
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