Resident Evil (2026): O Reboot que Precisa Resgatar a Alma do Jogo

A Sony Pictures anunciou oficialmente um novo filme da franquia Resident Evil, previsto para estrear em setembro de 2026, e a expectativa é grande — mas também o ceticismo. A franquia, que já rendeu bilhões em bilheteria, nunca conseguiu agradar totalmente os fãs dos jogos, oscilando entre explosões de ação sem sentido e tentativas fracassadas de adaptação fiel. Desta vez, a aposta é em Zach Cregger (Noites Brutais), um diretor que vem ganhando destaque no terror, e em um roteiro que promete voltar às raízes sombrias do jogo original da Capcom.

Será que, finalmente, teremos um Resident Evil que honre o legado do survival horror?


A História do Jogo vs. As Adaptações Até Agora

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Lançado em 1996, Resident Evil revolucionou o gênero terror com sua atmosfera claustrofóbica, quebra-cabeças desafiadores e zumbis grotescos. A premissa era simples: um grupo de agentes da S.T.A.R.S. investiga uma mansão assombrada, só para descobrir que uma corporação sinistra, a Umbrella, está por trás de um vírus mortal. O jogo equilibrava ação e terror, algo que os filmes nunca conseguiram reproduzir direito.

A primeira leva de adaptações, dirigida por Paul W.S. Anderson, transformou Resident Evil em uma franquia de ação sci-fi estrelada por sua esposa, Milla Jovovich, como Alice, uma personagem inexistente nos jogos. O nepotismo era tão evidente que Jovovich virou protagonista absoluta em seis filmes (2002-2016), enquanto personagens icônicos como Jill Valentine e Chris Redfield foram relegados a coadjuvantes mal aproveitados.

Em 2021, veio Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City, um reboot que tentou ser fiel aos games, mas falhou miseravelmente. O filme misturou tramas de Resident Evil 1 e 2, teve atuações exageradas e um roteiro confuso, resultando em apenas 30% de aprovação no Rotten Tomatoes. Para piorar, a série da Netflix (2022) foi ainda mais desastrosa, abandonando completamente o tom de terror em favor de um drama adolescente mal escrito.


O Novo Filme: Uma Última Chance?

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Zach Cregger, que dirigiu o aclamado Noites Brutais, parece ser a escolha certa para trazer Resident Evil de volta ao terror. Seu filme anterior mostrou que ele sabe construir tensão e misturar horror com reviravoltas impactantes. O roteiro, escrito em parceria com Shay Hatten (John Wick 3 e 4), promete resgatar o clima opressivo do primeiro jogo .

Mas os fãs estão desconfiados. A Constantin Film, responsável por todas as adaptações até agora, já queimou sua credibilidade várias vezes. Será que, dessa vez, vão acertar?


O Que Esperar do Roteiro e Atuações?

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– Foco no terror psicológico, menos em tiroteios infinitos.

– Possível adaptação do primeiro jogo, com a mansão Spencer e os zumbis clássicos.

– Personagens mais fiéis, sem invenções desnecessárias (olha aí, Alice).

– Elenco que minimamente entenda o que estão interpretando, e que respeitem o legado dos personagens.


Direção e Fotografia: O Desafio de Reinventar o Horror

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Cregger tem pela frente o desafio de conciliar fidelidade aos fãs com originalidade. Em Noites Brutais , ele provou que consegue construir tensão a partir de espaços limitados (como o porão assustador do filme). Aplicar essa técnica a locais icônicos como a Mansão Spencer ou Raccoon City poderia revitalizar a franquia. A fotografia, especula-se, seguirá uma paleta de cores escura e suja, inspirada nos jogos Resident Evil 2 Remake e Resident Evil Village .


O Desafio Temático: Poder, Corrupção e Sobrevivência

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Resident Evil sempre foi sobre a ganância corporativa (Umbrella) vs. a luta pela sobrevivência. Os filmes de Anderson ignoraram isso, focando em cenas de ação vazias. Já Bem-Vindo a Raccoon City tentou abordar o tema, mas falhou na execução.

Cregger tem a chance de explorar:

– A desumanização causada pelo vírus T.

– A ética questionável das grandes farmacêuticas.

– O medo do desconhecido, presente nos corredores escuros da mansão Spencer.

Se ele conseguir equilibrar terror, crítica social e ação, pode ser o melhor filme da franquia.


Será Desta Vez?

A Sony está apostando alto: Zach Cregger tem talento, o roteiro parece promissor, e os fãs estão famintos por uma adaptação digna. Mas depois de tantas decepções, só o tempo dirá se Resident Evil (2026) será o filme que finalmente honra os jogos — ou mais um capítulo na lista de fracassos.

E aí, você acredita nesse reboot? Ou já desistiu de Resident Evil no cinema? Compartilhe nos comentários!

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