Após Vingadores: Ultimato (2019), o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) enfrentou críticas crescentes por sua narrativa fragmentada e falta de coesão. Filmes como Eternos (2021) e Thor: Amor e Trovão (2022) foram acusados de superficialidade, enquanto séries do Disney+ oscilaram entre o inovador (WandaVision) e o dispensável (She-Hulk). Em Vingadores: Doomsday, a Marvel tenta recuperar sua glória reunindo X-Men, Quarteto Fantástico e Vingadores em um crossover que promete ser tanto uma celebração quanto um recomeço.
Um Encontro Histórico de Lendas e Novos Ícones

A live da Marvel em março de 2025 revelou um elenco que mistura veteranos e novos rostos:
– Chris Hemsworth retorna como Thor, agora um líder desgastado pelas perdas e pela pressão de carregar o legado de Asgard.
– Anthony Mackie assume definitivamente o manto do Capitão América, enfrentando a desconfiança de um mundo que questiona a relevância dos heróis.
– Tom Hiddleston revive Loki, cuja astúcia será testada em um conflito multiversal.
– Sebastian Stan (Soldado Invernal) e Letitia Wright (Shuri) representam a resistência terrena, enquanto Tenoch Huerta (Namor) personifica a ameaça subaquática de Atlântida.
O verdadeiro destaque, porém, é a integração de X-Men e Quarteto Fantástico. Os Mutantes da Fox finalmente chegam ao MCU, com destaque para Xavier, Magneto, Noturno e, para delírio dos fãs, Channing Tatum como Gambit. O Quarteto Fantástico também merece destaque o qual saberemos mais com a estreia do filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. A inclusão desses personagens marca o fim de uma era de disputas legais e o início de uma nova fase para o MCU.
Das HQs para o Cinema: O Apocalipse que Renasce

O título Doomsday faz referência a eventos clássicos dos quadrinhos, como Avengers: Disassembled (2004) e House of M (2005), onde a realidade é despedaçada por conflitos internos. O filme poderá mesclar elementos de Guerras Secretas (2015), onde heróis de múltiplas dimensões se unem para enfrentar ameaças cósmicas.
Um dos pontos mais aguardados é a união de Magneto e Doutor Destino como vilões. Nos quadrinhos, Magneto já liderou os X-Men em X-Men: Primeira Classe (2006), enquanto Destino foi antagonista em sagas como Fantastic Four #55 (1966), onde destruiu Wakanda . A ideia de dois antagonistas com motivações opostas — Magneto lutando pelos mutantes e Destino buscando poder absoluto — cria um conflito multifacetado. Rumores indicam que o filme explorará a tensão entre esses personagens, culminando em uma aliança contra os Vingadores .
Outro elemento das HQs presente em Doomsday é a destruição de Wakanda. Em Fantastic Four #55, o reino de T’Challa já foi vítima de uma invasão alienígena, e o filme pode reimaginar esse evento com uma violência sem precedentes, refletindo o tom sombrio dos quadrinhos .
Reboot ou Continuação? A Estratégia do Multiverso

Os Irmãos Russo (com um recente fracasso em Eletric State da netflix) anunciaram que Doomsday não será um simples reboot, mas sim uma “reconfiguração do MCU”. Inspirado em Guerras Secretas, o filme introduzirá o “Multiverso Reborn”, fundindo elementos das realidades “Earth-X” e “Ultimate Universe” dos quadrinhos. Isso permitirá que personagens como os X-Men e o Quarteto Fantástico sejam integrados organicamente, sem descartar o que foi estabelecido anteriormente.
Por exemplo, a versão de Sue Storm (Mulher Invisível) no filme poderá ser uma cientista que, após anos isolada em uma dimensão alternativa, retorna para questionar a ética dos Vingadores . Já o Wolverine pode ser apresentado como um anti-herói desiludido, cuja brutalidade contrasta com a “nobreza” dos heróis clássicos . Essa abordagem evita o “apagar” do passado e abre espaço para novas dinâmicas.
Riscos e Desafios: Por Que Doomsday Pode Dar Errado

A maior ameaça ao sucesso de Doomsday é a “sobrecarga de personagens”. Com X-Men, Quarteto Fantástico e Vingadores no mesmo filme, há o risco de subutilização de figuras icônicas. Em Ultimato, personagens como Hulk e Capitã Marvel tiveram papéis reduzidos, e o mesmo pode ocorrer aqui com mutantes como Magneto ou Xavier. Além disso, a Marvel precisa equilibrar a nostalgia com a inovação. A volta de Robert Downey Jr. como Doutor Destino (em vez de Homem de Ferro) é uma jogada ousada, mas pode dividir opiniões.
Outro desafio é a narrativa. O roteiro, assinado por Christopher Markus e Stephen McFeely (dupla de Ultimato), precisa justificar o conflito cósmico sem recorrer a conveniências plot. Em Eternos, a falta de conexão com o resto do MCU foi criticada, e Doomsday não pode repetir esse erro. A inclusão de elementos como o Cubo Cósmico (associado ao Quarteto Fantástico) e o Gene X (dos mutantes) precisa ser orgânica, não forçada.
O Futuro do MCU: Uma Nova Era ou o Fim?

Doomsday não é apenas mais um filme — é um experimento de alto risco. Se bem-sucedido, pode revitalizar o MCU, atraindo tanto fãs antigos quanto novos. A introdução de X-Men e Quarteto Fantástico abre portas para histórias inéditas, com novas adaptações.
No entanto, um fracasso seria catastrófico. A Disney investiu bilhões no projeto, e uma recepção negativa poderia acelerar o declínio do universo compartilhado. A pressão sobre os Irmãos Russo é imensa: eles precisam não apenas entreter, mas também redefinir o significado de heroísmo em uma era pós-Ultimato.
O Último Suspiro ou o Primeiro Passo?
Vingadores: Doomsday carrega o peso de décadas de história em quadrinhos e o futuro de uma das maiores franquias do cinema. Ao reunir X-Men, Quarteto Fantástico e Vingadores, a Marvel tem a chance de provar que ainda é capaz de surpreender — ou de admitir que o modelo do universo compartilhado está esgotado. Com um elenco estelar, direção experiente e uma premissa ousada, o filme é uma celebração do passado e um salto incerto para o futuro.
E aí, o que você espera de Vingadores: Doomsday? Conta pra gente nos comentários!