10 Filmes Que Geraram Polêmica e Dividiram a Opinião da Crítica e do Público em 2025


O cinema em 2025 provou que a arte nunca é consenso. Enquanto premiações como o Oscar celebravam obras-primas, as polêmicas fervilhavam nos bastidores e nas redes sociais, transformando filmes em campos de batalha ideológica, ética e estética. De representações culturais questionáveis a escândalos envolvendo astros e uso controverso de tecnologia, o ano deixou claro: uma obra não se resume ao que está na tela. Ela carrega o peso das escolhas de produção, das declarações de seus criadores e do contexto social que a envolve. Prepare a pipoca: mergulhamos nos 10 filmes que incendiaram discussões e dividiram plateias e críticos!


1. Emilia Pérez (2025)

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Diretor: Jacques Audiard

Musical que acompanha um traficante mexicano em sua transição de gênero, com a ajuda de uma advogada desiludida. Indicado a 13 categorias no Oscar, foi acusado de perpetuar estereótipos sobre o México e trivializar identidades trans.

Destaque: A performance da atriz Karla Sofía Gascón (a primeira pessoa trans indicada ao Oscar) foi ofuscada por tweets antigos dela criticando George Floyd e o islamismo, além de ataques à equipe de Ainda Estou Aqui.

Nota IMDb: 6.8/10


2. Ainda Estou Aqui (2025)

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Diretor: Walter Salles

Drama brasileiro sobre uma mulher que reconstrói sua vida após uma tragédia familiar. Indicado a Melhor Filme e Melhor Filme Internacional no Oscar, virou alvo de ataques após polêmicas paralelas.

Destaque: Fernanda Torres (indicada a Melhor Atriz) pediu desculpas públicas por usar blackface num programa de TV em 2008. O caso reacendeu debates sobre responsabilidade artística.

Nota IMDb: 8.1/10


3. O Brutalista (2025)

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Diretor: Brady Corbet

História de um arquiteto húngaro (Adrien Brody) que migra para os EUA pós-Segunda Guerra. Aclamado pela crítica, até que seu editor revelou um segredo explosivo.

Destaque: Uso de IA para “corrigir” o húngaro de Brody e Felicity Jones. A revelação chocou Hollywood, ainda sensível após as greves que pediam regulação da tecnologia.

Nota IMDb: 7.4/10


4. Anora (2025)

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Diretor: Sean Baker

Comédia dramática sobre uma stripper (Mikey Madison) que se envolve com o herdeiro de um oligarca russo. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, foi criticado por suas cenas de sexo sem supervisão.

Destaque: A protagonista recusou um coordenador de intimidade, alegando “conforto com o processo”. A decisão gerou debates sobre segurança pós-#MeToo.

Nota IMDb: 7.9/10

5. Branca de Neve (2025)

Diretor: Marc Webb

Live-action da Disney estrelado por Rachel Zegler. O filme foi boicotado antes mesmo do lançamento por motivos que iam da diversidade à política.

Destaque: Zegler chamou o original de “ultrapassado” e criticou Trump publicamente, enquanto Gal Gadot (Rainha Má) foi alvo de campanhas pró-Palestina. A Disney reduziu a exposição da imprensa para evitar perguntas.

Nota IMDb: 3.9/10


6. Sem Chão (No Other Land) (2025)

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Diretores: Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor

Documentário sobre a resistência palestina em Masafer Yatta (Cisjordânia). Vencedor do Oscar, virou símbolo de tensão geopolítica.

Destaque: Um diretor foi agredido por colonos israelenses após o Oscar. Alemanha e Israel condenaram o filme, e cinemas nos EUA sofreram ameaças por exibi-lo.

Nota IMDb: 8.7/10


7. Capitão América: Admirável Mundo Novo (2025)

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Diretor: Julius Onah

Sam Wilson (Anthony Mackie) assume o manto do herói, mas enfrenta um presidente corrupto (Harrison Ford).

Destaque: Críticas à neutralidade política no final, quando o herói perdoa o vilão. A escalação da agente israelense Sabra (Shira Haas) também gerou campanhas de boicote.

Nota IMDb: 5.6/10


8. The Electric State (2025)

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Diretores: Irmãos Russo

Ficção científica com Millie Bobby Brown e Chris Pratt em um mundo dominado por robôs. Orçamento de US$ 320 milhões não evitou o fiasco.

Destaque: Efeitos visuais excessivos e roteiro confuso renderam 14% de aprovação no Rotten Tomatoes. Críticos o chamaram de “vazio e genérico”.

Nota IMDb: 5.9/10


9. Lilo & Stitch (2025)

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Diretor: Dean Fleischer Camp

Remake live-action do clássico da Disney. A mudança no final gerou furor: Nani deixa Lilo em uma vizinha para cursar faculdade.

Destaque: A cena foi interpretada como uma legitimação da separação familiar, causando polêmica entre os espectadores.

Nota IMDb: 4.8/10


10. A Substância (2025)

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Diretora: Coralie Fargeat

Terror corporal com Demi Moore como uma apresentadora de TV que usa um soro experimental para rejuvenescimento, com efeitos grotescos.

Destaque: Cenas de body horror extremo dividiram críticos: alguns as viram como geniais; outros, como exploração gratuita. A sequência do “parto” de uma nova versão da personagem viralizou como metáfora do culto à juventude.

Nota IMDb: 7.2/10


O Cinema Como Espelho das Nossas Divisões

Os filmes de 2025 provaram que a arte nunca é ingênua. Eles refletem — e às vezes amplificam — as fraturas da nossa sociedade: questões raciais, ética tecnológica, representação de gênero e geopolítica. Polêmicas como as de Emilia Pérez e Branca de Neve mostram que, em tempos de redes sociais, uma obra não vive apenas na tela: ela é julgada por seus bastidores, suas escolhas de elenco e até por tuites decapitados do passado.

Mas há um lado positivo nisso: o debate acalorado prova que o cinema ainda importa. Que ele é capaz de provocar, desafiar e nos fazer questionar consensos. Afinal, como dizia Godard, “o cinema não é uma arte que filma a vida, mas a vida que filma a arte”.

E você? Qual desses filmes polêmicos merece uma chance — e qual foi “cancelado” com razão? Comente abaixo!

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